Aprendi com alguém que gosto muito, mesmo sem ser escritor, sempre que as palavras vierem a cabeça devemos escrevê-las antes de se perderem, ou usá-as para compor uma canção. Sendo assim, sigamos.
Quais olhos usamos para observar o mundo a nossa volta? Às vezes bate um desespero, ou uma curiosidade agoniante, enfim, uma série de sentimentos e desejos torturantes e persistentes, martelando logo que abrimos os olhos, tomamos nosso banho matutino, ou durante o café da manhã, e assim no decorrer do dia, sobre assuntos diferentes, e como estes influenciam em nossas vidas.
Nos vemos tal qual um artista olhando pra sua obra inacabada, ou um compositor sem a rima correta para a métrica que ele escolheu. Estamos dia-a-dia perdendo a habilidade de enxegar a metade cheia do copo, e tudo toma uma proporção megalomaníaca em comparação ao que deveria ser feito realmente.
Nos preocupamos em ser a manchete do dia, o destaque do meio, a famosa bolacha do pacote e esquecemos o básico para si próprio, a paz, o bem estar. Uma correria desenfreada de aceitação, muitas das vezes desfarsada em um objetivo que na verdade é a busca da aceitação que falta dentro de casa, da família, amigos, ou do trabalho em que no final se tornou apenas um capricho.
Não preciso mentir.
Talvez esteja escrevendo um pouco de mim também aqui, olhar para o que de verdase nos importa e buscar o resultado causa dúvida, e no meio disso, na vontade de apenas acertar fazemos escolhas artificiais satisfatórias apenas a um determinado nicho social. E acredito ser uma questão de sobrevivência possuir alguma forma de egoísmo, não aquele negativo, nocivo e negro, mas aquele provedor de felicidade de satisfação, nos fazendo sentir vivos, verdadeiramente sobre nossos pés e não os joelhos.
Tal comportamento requer uma luta diária, sim, chegamos ao ponto, somos todos lutadores, lutamos por dias melhores, por felicidade, contudo em momentos, tendemos a ser mal atletas, vendendo nosso resultado por uma meia hora de massagem no ego.
Eu sou um lutador, sim, ja vendi um ou outro resultado também, e não posso garantir vender algum outro no futuro, e quem pode? Mas mesmo sem minhas luvas, deixarei minha marca em uma estrela e espero ter meu nome lembrado, e cada luta terá seu custo, normalmente deixará um olho roxo, porém se sentir vivo é uma forma de cobrir os ferimentos e cicatrizar as derrotas. Esta será a semente que vamos deixar.
O livro de nossas vidas está sendo escrito, vamos lutar, independente do resultado, vencer não importa tanto quando o combate for justo e disputado com o coração.
ps: não veio a canção, mas escrevi aqui as palavras que vieram, e você?
Autor: Luiz Alex Foto: Web